26 julho 2014

Há 100 anos: Primeira Guerra fez impérios ''sumirem'' do mapa; veja os países divididos

A atual divisão política dos países –principalmente a do continente europeu– nem de longe lembra a do mundo em 1914 antes do começo da Primeira Guerra Mundial. O conflito, cujo início completa 100 anos na segunda-feira (28), não só mudou a configuração de alguns territórios, como fez surgir novas repúblicas. 

Com a vitória da Tríplice Entente (Reino Unido, França e Rússia) e assinatura de tratados de paz, os Impérios Centrais Alemão, Austro-Húngaro e Otomano entraram em colapso e passaram por processos de fragmentação. O Império Russo também perdeu uma parte do território.

Antes da Primeira Guerra em 1914, divisão territorial mostra grandes impérios

Depois do fim da Primeira Guerra, impérios se fragmentam em vários Estados-nações

Com o Tratado de Versalhes, em 1919, o Império Alemão foi obrigado a devolver a Alsácia-Lorena para a França. As antigas colônias alemãs também foram cedidas a França e Reino Unido. O regime monárquico foi substituído pelo republicano, com a instalação da chamada República de Weimar em 1919.

Pelo Tratado de Saint-Germain, também de 1919, o Império Austro-Húngaro foi desmembrado. Isso fez com que a Áustria perdesse sua saída para o mar. O acordo também forçou que fosse reconhecida a independência da Polônia, Tchecoslováquia, Hungria e Iugoslávia. Outros tratados assinados com Estados derrotados acabaram por delimitar demais territórios –como o da Bulgária.

As repúblicas bálticas sob poder do Império Russo foram cedidas aos Impérios Centrais no Tratado de Paz de Brest-Litovski em 1918. As repúblicas acabaram tornando-se independentes após a derrota da Alemanha. Assim, Finlândia, Estônia, Letônia e Lituânia viraram Estados.

Bielorrússia e Ucrânia foram anexadas ao território russo, formando a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). A independência dos países aconteceria só em 1991, com o fim da União Soviética. Até hoje persistem problemas com grupos separatistas. A população, concentrada principalmente na Crimeia --que foi recentemente anexada pela Rússia-- no leste ucraniano, fala russo.

O Império Otomano, que compreendia a Anatólia, Oriente Médio, parte do norte da África e sudeste europeu, fragmentou-se em vários territórios. Atualmente, ele equivaleria a uma área onde estão 40 países. Muitos foram entregues de forma arbitrária a outros países, entre eles Reino Unido e França. As potências na época, por sua vez, não levaram em conta a diversidade étnica local ao dividir os territórios –e até hoje a região tem conflitos em razão disso.

Foi dessa fragmentação, por exemplo, que surgiria a Turquia, república reconhecida em 1923. Em 1924, a Assembleia turca dissolveu o califado muçulmano, que até então era a forma de governo no território otomano, expulsando seus representantes.

O califado seria retomado quase 100 anos depois pelo EIIL (Estado Islâmico do Iraque e do Levante) nos territórios entre Síria e Iraque, entre Aleppo e Diyala, por rebeldes sunitas. O autoproclamado "Estado Islâmico" está sob liderança do extremista Abu Bakr al-Bagdhadi ou "califa Ibrahim", um sucessor da autoridade política do profeta Maomé.

Fonte: UOL (com agências) - Arte/UOL

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07 maio 2014

Dez opções de transporte "sci-fi" que podem virar realidade

Elon Musk é o nome por trás de algumas das criações mais brilhantes das últimas décadas. Foi ele quem fundou a Tesla Motors e desenhou um inovador carro elétrico; é dele a empresa de transporte espacial SpaceX; e foi ele quem criou o sistema alternativo de transações financeiras PayPal. E agora, espera-se que sua mais nova empreitada também seja bem-sucedida, já que trata do transporte público.

supercavitação

O transporte em um futuro próximo é uma das grandes preocupações do mundo atual. A internet aproximou a todos globalmente mas ainda falta algum veículo ou processo capaz de diminuir o tempo entre as viagens, principalmente porque já há tecnologia para substituir carros, trens e aviões por veículos ainda mais rápidos. E foi pensando em novas opções que o pessoal do ListVerse montou essa lista, de dez alternativas que poderemos ver funcionando muito em breve.

10. Hyperloop


hyperloop

Musk sugere um sistema de transporte ultraveloz, de cidade a cidade, capaz de levar pessoas de São Francisco a Los Angeles em apenas 35 minutos. Como fazer isso? Bem, o inventor diz ser necessário um tubo de aço elevado contendo cápsulas de alumínio capazes de viajar a 1.200 km/h. Tudo a partir da energia solar.

O grande desafio seria encontrar alguém corajoso o suficiente para investir US$ 70 bilhões só pra começar o projeto. Ainda mais porque muita gente que já deu uma olhada no conceito do Hyperloop achou o sistema caro e impraticável.

Apesar da descrença, Musk continua tocando o projeto e a startup chamada Hyperloop Transportation Technologies, Inc. anunciou recentemente um protótipo do Hyperloop para o primeiro bimestre de 2015.

9. Carros nucleares


carros nucleares

O tório é um elemento químico muito denso e um dos maiores responsáveis pelo aquecimento do centro da Terra. E pode ser uma das alternativas de combustível para um carro nuclear.


Essa é a ideia da companhia estadunidense Laser Power Systems (LPS), que vem desenvolvendo uma maneira de utilizar um pedaço minúsculo de tório no motor de um veículo. De acordo com o projeto, oito gramas do elemento radioativo poderiam alimentar um automóvel por mais de 100 anos.

8. Supercavitação


supercavitação

A cavitação, fenômeno observado quando um objeto move a uma grande velocidade em um fluído, atrapalha a indústria naval e a aeronáutica. A supercavitação, no entanto, é vista com bons olhos no setor de novas tecnologias de transporte.


Na supercavitação, o fluido se expande ao redor do objeto e adquire uma velocidade muito grande, fazendo com que a pressão diminua até que haja evaporação do líquido. Isso diminui a fricção em até 900 vezes.

Uma companhia de Portsmouth, nos Estados Unidos, vem trabalhando em um barco chamado Ghost, que poderia utilizar a supercavitação. A Juliet Marine Systems também estaria de olho em sua finalidade militar: um veículo marítimo com essa tecnologia poderia enganar sonares e até mesmo superar a velocidade de torpedos.

7. O Martin Jetpack


Quem é fã de ficção científica conhece bem os jetpacks, que, literalmente, são mochilas com jatos propulsores, capazes de fazer pessoas voarem. E o neozelandês Glenn Martin juntou a fantasia com a realidade: é dele o primeiro jetpack viável, considerado uma das 50 grandes invenções de 2010 pela revista Time.

Depois de 30 anos trabalhando no projeto, Martin conseguiu voar em sessões de 30 minutos cada, a velocidade de 74 km/h e a 900 metros de altura. A ideia deu certo, contudo, por enquanto segue muito cara: a mochila voadora estará disponível para todo mundo já neste ano, desde que você tenha US$ 200 mil para bancar cada unidade.

6. Velo-city


VELOCITY

Em 2006, a prefeitura de Toronto anunciou planos de criação do que seria um "ultra silencionso sistema de trânsito, sem poluição, de alta velocidade, operante durante todas as estações do ano e capaz de fazer as pessoas ficarem mais saudáveis". Isso é tudo o que promete a Velo-city (com trocadilho e tudo), que prevê pistas elevadas em tubos de três vias para bicicletas.


O projeto do arquiteto Chris Hardwicke prevê que a eficiência dos ciclistas poderia aumentar em até 90%. A pista com circulação de ar favorável poderia deixar a velocidade média dos usuários próxima a 50 km/h, além de proteger os mesmos dos efeitos climáticos.

Apesar das boas intenções, o projeto foi arquivado temporariamente, devido às mesmas razões da maioria: falta de verba.

5. Next


O Next seria algo parecido com o Google Car, um veículo conduzido por computadores em sincronia com mapas online atualizados em tempo real, só que voltado para a interação social. Com ele, seria possível chamar um módulo via smartphone, que pegaria o passageiro no destino escolhido e então levaria a um veículo maior, com várias outras cabines semelhantes.

Em seguida, os módulos seriam rearranjados para simular um vagão de trem ou o interior de um ônibus, de acordo com a "configuração social" desejada. A ideia do designer Tommaso Gecchelin é louvável, porém, o próprio criador admite que tecnologias precisam ser desenvolvidas para que o Next seja uma realidade, como, por exemplo, nanomateriais, baterias de alta capacidade e painéis solares baratos. E isso não deve acontecer antes de 2025.

4. Kolelinio


O conceito criado por Martin Angelov, em 2010, é, basicamente, usar um sistema cruzado de tirolesas, acoplado a assentos motorizados. O Kolelinio, além de ser amigável ao meio-ambiente, teria também "pistas" em que os usuários estariam próximos ao chão em dias normais e outras mais acima, em áreas de tráfego intenso.

A ideia de Angelov, porém, não oferece proteção contra mau tempo e também depende do peso das pessoas, já que um obeso teria problemas de segurança, por exemplo. Ainda assim, o projeto segue em andamento e pode ser que haja alguma novidade em breve.

4. The Skylon


SKYLON

O Reino Unido anunciou no ano passado que pretende criar um avião super-rápido, o Skylon, com poder de atingir cinco vezes a velocidade do som e até mesmo de ultrapassar os limites da órbita terrestre. A projeção é de que a aeronave levaria 300 passageiros de Londres a Sydney em quatro horas. Ou até mesmo um carregamento de 15 mil quilos para alguma estação espacial internacional, por exemplo.


O processo de construção já começou, porém, enfrenta o mesmo problema de sempre: é preciso pelo menos US$ 90 milhões para iniciar o projeto, chamado pelo chefe de departamento de transporte aéreo do Instituto de Tecnologia de Massachusetss, John Hansman, de "algo formidável para a ficção científica mas muito, muito difícil de concretizar".

Apesar do baixo-astral de Hansman, muitos cientistas estão otimistas com a ideia e, se tudo der certo, pode ser que tenhamos um protótipo do Skylon em algum momento de 2017.

2. Scarab


SCARAB

O "escaravelho" seria uma alternativa com utilidade flexível. Baseado no corpo de uma moto mas capaz de andar em quatro rodas,  o veículo viria com espaço para combustível orgânico e celular, baterias e bagageiro compacto. Além disso, poderia ser dirigido manualmente ou automaticamente em vias controladas. No trânsito, poderia ocupar menos espaço "de pé", inclusive em estacionamentos.


De acordo com o designer David Miguel Moreira Gonçalvez, a ideia do Scarab nasceu da constatação de que a maioria prefere transportes individuais aos públicos. Então, o veículo vem para ser uma opção amigável à natureza e que possa atender a esse anseio.

Ainda não há planos para protótipos, mas como o Scarab tem o projeto "verde", pode ser que alguma inspiração ou variação apareça em eventos ecológicos no futuro próximo.

1. SkyTran

Essa é a invenção mais próxima do que já vimos como solução para o transporte em filmes futuristas. Uma pista de metal sobre a cidade carrega cabines com passageiros. Neste caso o SkyTran, criado para solucionar o problema de intenso tráfego em Tel Aviv, Israel, utiliza carros compactos seis metros acima do chão em movimentação baseada na levitação magnética.

De acordo com os desenvolvedores, para usar o SkyTran basta ligar um aplicativo nas proximidades de uma estação. A partir daí, os carros que estiverem mais perto surgem para atendê-lo, de acordo com seu destino final. Isso custaria mais que uma passagem de ônibus e menos que uma corrida de táxi, com o uso de energia neutra.

Apesar de parecer coisa saída do desenhos dos Jetsons, o SkyTran pode alcançar 241 km/h e não se surpreenda se vir um desses já funcionando por aí muito em breve em Tel Aviv.

Fonte: canaltech.com.br

30 abril 2014

Dez teorias conspiratórias da era da internet

Artistas marionetes, massacres forjados, aviões surrupiados pela Cia... Nunca tivemos um ambiente tão prolífico para o desenvolvimento das chamadas teorias do que ‘realmente’ aconteceu.


A internet talvez pudesse ser classificada como um amplo centro nervoso dotado de megafones em toda parte. Como consequência, há hoje uma facilidade nunca antes vista para a distribuição e replicação de informações — embora certamente não falte quem questione a cultura da era atual. Entretanto, nem só de fatos consumados vive o nosso belo cosmo virtual. Afinal, sempre se pode arremessar algo na grande rede e esperar pelo respaldo.

É claro que as teorias da conspiração existem desde muito antes de aquele famoso sujeito interligar as universidades com sua proposta integrada para intercâmbio de pesquisas. Entretanto, cá entre nós, jamais foi tão rápido e imediato fomentar intrigas e chamar a atenção para teorias do que “realmente” aconteceu. 

De fato, basta um rápido passeio online para conhecer dezenas de teoristas sobre tudo — ou, vá lá, quase tudo. Afinal, há celebridades sendo controladas como títeres para táticas políticas escusas; há aviões cujo desaparecimento se justifica por uma manobra da CIA; há massacres escancarados que, “na verdade”, foram forjados.

O "Olho da Providência", conforme encontrado na nota de 1 dólar, 
serve de constante estofo para especulações sobre as origens dos EUA

Isso para não mencionar que mesmo os nossos familiares mais próximos devem integrar um movimento “secreto” que abriga a quase totalidade da população global — sabe aquele vendedor de cachorro-quente “estranho” da sua rua? Sim, ele “é um illuminati!”, garantem os teoristas.

Por fim, é claro que a “indústria cultural”, como já foi chamada, também não poderia escapar do ardil dos teóricos. Quer dizer, como você nunca percebeu a semelhança entre Ron Weasley e Albus Dumbledore? Ou vai dizer que certa roupa da determinada personagem de um dado seriado não fazem supor uma ligação possível com Sharon Tate — esposa do diretor Roman Polanski assassinada pela seita de Charles Manson?  

Naturalmente, exemplos é que não faltam. Entretanto, o site Mashable reuniu 10 bons exemplos do atual “catalisador teorista” do ambiente online. Confira abaixo.

O voo 370 da Malaysia Airlines estaria em uma ilha britânica

Já disse o sábio: “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Bem, é fácil inferir daí que as coisas não podem simplesmente “desaparecer”, deixando para trás o vácuo. E isso deve ser ainda mais aplicável no caso de um avião enorme pesando dezenas de toneladas — como bem têm observado diversos teoristas do caso envolvendo o sumiço do voo 370 da Malaysia Airlines.


Eis, portanto, o que “realmente” aconteceu: o avião pousou em Diego Garcia, uma pequena ilha britânica no oceano Índico. E o que é pior: conta-se que a ilha é tradicionalmente utilizada pela CIA para aprisionar e torturar suspeitos.

É claro que a teoria já foi desmentida em relatórios oficiais. Ledo engano: historicamente, isso apenas faz aumentar as especulações, afinal. Particularmente, acho a proposta da ilha de Lost muito mais crível... Cada um com a sua aposta, naturalmente.

A Google é a Skynet

Afinal, como você não “percebeu” isso antes? As conexões entre a onipresente Google e a temível entidade cibernética da série “O Exterminador do Futuro” saltam à vista! Bem, mas o estopim da teoria ligando a companhia à inteligência artificial com pretensões de varrer da Terra os seres humanos é algo relativamente recente.


Metade teoria, metade “meme” fundado em pura zoeira, a hipótese acabou ganhando fôlego depois que a Google adquiriu a Boston Dynamics, uma companhia de engenharia robótica notória por haver construído robôs para o Pentágono.

Entretanto, justiça seja feita, o blog GoogleIsSkynet está por aí desde 2006, garantindo que, em algum momento futuro, a Google nos controlará a todos — algo muito distante do que se vê atualmente... Certo? Enfim.

O massacre de Sandy Hook seria apenas um trote mórbido

O massacre na escola primária de Sandy Hook foi um dos piores da história dos Estados Unidos da América — sendo a pior chacina escolar provocada por um único sujeito no país. Em 2012, Adam Lanza, um estudante de 20 anos, entrou no local e disparou desbragadamente, matando 20 crianças, seis adultos e, por fim, colocando uma bala na própria cabeça. Antes disso, ele havia também matado a própria mãe. 


Bem, ocorre que isso “seria” trágico se “realmente” houvesse ocorrido. Segundo alguns teoristas, tudo não passou de um trote mórbido de muito mau gosto. E isso porque (a) Lanza era “frágil” demais para carregar diversas armas simultaneamente e também (b) muito inexperiente para ter conseguido matar tanta gente.

O site Memory Hole, dedicado à especulação, garante que as fotos tiradas no dia foram encenadas por atores. Na verdade, de acordo com o veículo, nem mesmo existiu uma pessoa de nome “Adam Lanza”. Além disso, as mensagens no Twitter teriam sido postadas antes do incidente.

Todos somos Illuminati

De acordo com uma classe muito comum de teóricos da conspiração, há atualmente mais Illuminati por aí do que artistas postando para fotos segurando bananas. Sua mãe deve ser uma, de fato, assim como padeiro da sua rua, seu cachorro, o pedinte da esquina, o prefeito da sua cidade e — quem sabe? — até o seu animalzinho de estimação.


Entretanto, as teorias envolvendo os rumos hodiernos da seita têm um ponto de confluência favorito: as celebridades. Beyoncé, Jay Z, Miley Cyrus, Kanye West, Taylor Swift... Há quem diga que todos já deixaram sinais claros de que pertencem à sociedade secreta — a qual, em um futuro não muito distante, deve nos subjugar a fim de instaurar uma nova ordem mundial.

São triângulos aqui, safadezas televisionadas ali, detalhes de clipes acolá... Há quem se ocupe de reunir tudo isso. Mas, espere, o próprio redator que vos escreve deve ser um Illuminati, não? Afinal, parece que eu estou aqui desacreditando a coisa toda, não? Humm...

O que “realmente” derrubou o voo 800 da TWA?

Embora as teorias sobre o voo 800 da TWA tenham saído um pouco da moda nos últimos anos, há ainda diversos ânimos internet afora que não se contentaram com a versão oficial do acidente envolvendo o Boeing 747 — uma explosão do tanque de combustível teria causado a morte das 230 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulantes.


Embora haja muita especulação, a maioria delas — as mais coerentes, pelo menos — afirmam que o avião foi abatido pelo próprio exército dos EUA, que teria, então, encoberto a coisa toda por motivos óbvios. Há quem garanta, inclusive, que isso se deveu à presença de terroristas no voo. Enfim, mais uma teoria que ainda deve dar muito estofo a especulações.

O presidente dos EUA puxa as cordas das celebridades

E você aí achando que a Miley Cyrus havia “despirocado” por acaso, hein? “Não mesmo!”, diria um dos teóricos envolvendo a clássica visão de títeres governamentais. Há quem diga, por exemplo, que o declínio estrondoso da musa pop Britney Spears foi algo arquitetado para ludibriar a atenção popular — particularmente, oferecendo algo mais chamativo do que as derrapadas do governo Bush.


O mesmo valeria para a infame apresentação de Miley Cyrus durante o evento MTV Video Music Awards — incluindo o famigerado esfregar de partes pudendas. Nesse caso, é claro, o interessado não seria mais o ex-presidente Bush, mas sim o seu sucessor, Barack Obama, que igualmente teria interesse em desviar as atenções das questões políticas.

Os desenhos da Pixar ocupam o mesmo universo

Comece a coletar os indícios ali e julgue por você mesmo, mas há muita gente que defende um universo único ao qual se referem todos (sim, todos) os desenhos da produtora Pixar. Tudo bem, vá lá, a coisa aqui é um tanto menos compromissada (ou preocupada) do que as comoções mais políticas.

Curiosamente, entretanto, até faz mais sentido — embora dificilmente pareça algo intencional. Confira alguns dos fatos utilizados pelos teóricos para endossar a hipótese do “Universo Pixar” — conforme reunido pelo “Detetive da Pixar”, Jon Negroni, em seu site pessoal:

● Brave é o primeiro e também o último filme em uma linha cronológica épica. Ali, os animais foram enfeitiçados para que assumissem um comportamento humano;

● Isso explicaria o porquê de o ratinho de Ratatouille ser capaz de cozinhar — os animais do universo Pixar estariam evoluindo;

● Charles Muntz, o vilão do desenho “Up — Altas Aventuras”, aprendeu como provocar a evolução dos animais, o que o inspirou a criar o colar capaz de registrar os pensamentos dos cães;

● Syndrome, a arqui-inimiga de “Os Incríveis”, desenvolveu uma inteligência artificial que, ao longo dos anos, poderia evoluir para conceder consciência a objetos inanimados... E é daí que surgiria a explicação para os bonecos de Toy Story, naturalmente; e 

● Monstros S.A. é a animação mais futurística da todas. E há uma ligação com Brave, é claro. Ou você nunca percebeu que a adorável “Boo” é, “na verdade”, uma viajante do tempo... Ou, a bruxa de Brave, que teria iniciado a coisa toda, transformando os longa-metragens em um belo ciclo fechado magnificamente orquestrado.

Celebridades imortais

A banda Red Hot Chili Peppers já falava de “pagar bem o seu cirurgião para quebrar o feitiço do tempo” e, de fato, com uma conta bem recheada é possível ocultar a idade em 10 ou 15 anos. Mas existem celebridades que realmente abusam, hein? Com isso, surgem mais um dos campos tradicionais dos especuladores na era da internet: o das celebridades imortais.


Há quem diga, por exemplo, que o cantor e compositor Pharrel pode ser um vampiro. Não, ninguém nunca o surpreendeu sugando o pescoço de alguém — e nem mesmo dilacerando um pedaço de carne crua. Entretanto, os teoristas de plantão acreditam que deve ser a única forma de um sujeito com 40 ter a aparência de 20.

E é nesse ponto que, normalmente, surge o próximo passo necessário da especulação: alguém aparece com um retrato de dezenas ou mesmo centenas de anos, no qual há um sujeito perturbadoramente semelhante a Pharrel, Nicolas Cage, Jay Z ou Keanu Reeves (um dos preferidos). Haja tempo livre.

Ron Weasley e Albus Dumbledore são a mesma pessoa

No universo de Harry Potter, Ron Weasley é aquele típico sidekick — cômico, quase sempre amável, confiável e sem um conjunto de virtudes extenso o suficiente para ameaçar o herói principal. Entretanto, de acordo com alguns teóricos da conspiração, o papel do atrapalhado Sr. Weasley é um tanto mais pronunciado do que poderia considerar uma mente ingênua.


Há quem diga que o simpático ruivo é, na verdade, o próprio Albus Dumbledore. Os detalhes estão todos ali: altura, aparência esguia, longos narizes e cabelos ruivos — embora Dumbledore possua uma longa cabeleira acinzentada atualmente, flashbacks nos livros insinuam que o velho mago também possuía “cabelo de fogo” quando era mais jovem.


Como isso é possível? Novamente, recorre-se às viagens temporais (sempre elas). O responsável por Hogwarts seria, portanto, um envelhecido Ron Weasley que volta no tempo para viver o restante dos seus dias como Dumbledore. Bem, a hipótese tem sua elegância, não se pode negar.

Fonte: Luccas Monteiro (tecmundo.com.br) via Megacurioso - Imagens: Reprodução/WikimediaCommons

07 fevereiro 2013

Os 7 locais mais perigosos da Terra

Conheça os lugares que poderiam colocar a sua vida em perigo.

Michael Stevens, o criador do canal Vsauce, no YouTube, postou um vídeo (em inglês) em que tenta responder a questão “Qual o local mais perigoso da Terra?”. A resposta para essa pergunta, no entanto, é mais complexa do que poderíamos imaginar, já que podemos dividir o termo “periculosidade” em diversas categorias — como violência, local em que se morre mais rápido, nível de poluição, número de fatalidades, entre outros.

O vídeo se inicia com a afirmação de que 93% de todos os humanos que já viveram estão mortos. Além disso, para cada humano vivo neste momento, existem 15 que já estão falecidos. Não há como negar que a Terra é um lugar perigoso, mas quais seriam os piores locais na superfície terrestre para se estar?

1 - Monte Everest

Começando com a temperatura: lugares extremamente quentes ou frios podem matar em horas — e, em certos casos, em minutos. Outro tópico que pode ser levado em conta é nossa necessidade de oxigênio, detalhe que nos leva ao Monte Everest: o pico mais alto do mundo e onde esse recurso é realmente mais escasso, existindo apenas um terço do oxigênio que precisamos quando comparado ao nível do mar.

Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Esse dado faria com que você morresse em apenas 2 ou 3 minutos se estivesse no pico da montanha sem nenhum aparelho de oxigênio como apoio.

2 - O fundo extremo do mar

A morte viria de forma ainda mais rápida se você estivesse no fundo do Mariana Trench, o lugar mais profundo do oceano — onde seu corpo seria coberto por cerca de 11 quilômetros de água, fazendo com que a pressão sobre você chegue a níveis absurdos.

Fonte da imagem: Reprodução/Max Plant Intitut

Com toda essa pressão, seus pulmões entrariam em colapso imediatamente e, sem oxigênio, o seu cérebro ficaria inconsciente em 15 segundos — e você estaria morto em 90 segundos.

3 - Morte instantânea na lava

Cair em um lago feito de lava é, provavelmente, a forma mais “instantânea” de morrer. Ao contrário do que vemos nos filmes — em que se uma pessoa cai na lava o corpo começa a ser consumido e afundado em partes, como se estivesse em uma areia movediça —, o que aconteceria na verdade seria ver “fogos de artifício”.


Juntar rocha-líquida em extremo calor ao corpo humano (que é basicamente composto por água) faria com que fôssemos transformados em vapor de forma explosiva. No vídeo acima, isso pode ser visto no exato momento em que uma ostra entra em contato com a lava (na marca de 3 minutos e 20 segundos).

4 - Onde está a malária

Agora, se não olharmos pelo lado de o quão rápido você morreria, mas sim pelo número total de fatalidades ocasionadas, teremos que nos focar em algo microscópico. Em 1918, a Influenza matou cerca de 100 milhões de pessoas, o que na época representava algo em torno de 3% da população total do planeta.

Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Mas, em termos de quantidade de fatalidades, o Plasmodium — o causador da malária — se destaca. O número total de mortos causados por essa doença em toda a história humana é de surpreender: de todos os homens que já existiram, pesquisadores afirmam que, provavelmente, metade morreu com a doença.

Então, em número de fatalidades em toda a história humana, e falando de uma forma estatística, o local em que o Plasmodium pudesse entrar na corrente sanguínea de uma pessoa por causa de uma picada de mosquito poderia ser chamado de o lugar mais perigoso da face da Terra.

5 - Lago Karachay

No entanto, o ser humano também consegue se tornar um “perigo” para ele mesmo ao poluir radicalmente alguns pontos do planeta — e o lago Karachay, na Rússia, é um bom exemplo disso.

Fonte da imagem: Reprodução/Daily Mail

Ele foi classificado como o local mais poluído na Terra, pois contém tantos poluentes radioativos que você pode receber uma dose mortal de radiação apenas por ficar por uma hora em alguns pontos ao redor do lago.

6 - Cidade com mais assassinatos

Ao analisarmos o ranking mundial de lugares seguros (lista normalmente feita com base em diversos fatores, como violência), a Somália é considerada o local mais inseguro da Terra. No entanto, levando em conta apenas o número de assassinatos, a cidade de Juarez, no México, apresenta números assombrosos: a cada 1 milhão de habitantes, aproximadamente 1500 são assassinados por ano.

Fonte da imagem: Reprodução/Front Page Mag

Mas, no ano passado, Juarez acabou por perder o posto de cidade com mais homicídios para San Pedro Sula, em Honduras, que registrou o número de cerca de 1600 assassinatos a cada 1 milhão de habitantes.

7 - Desastre em Chernobyl

No dia 26 de abril de 1986, uma falha no resfriamento causou uma explosão de um reator, dando início a um dos maiores desastres nucleares da história.

O acidente ocasionou uma fuga em massa, milhares de mortes e um nível de radiação tão perigoso que, até hoje, muitas partes próximas ao acidente continuam a ser bastante letais.

Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Mesmo que alguns pontos ainda sejam abertos para visitação, após mais de duas décadas, a radiação no local está acima de 250 microrroentgens, 10 vezes mais do que o normal para os seres vivos — detalhe que permite que os visitantes fiquem no lugar por apenas 15 minutos.

Fontes: YouTube | Vsauce / G1 via Ráisa Guerra (www.megacurioso.com.br)

Os 12 tanques de guerra mais estranhos da História

Conheça alguns dos projetos de veículos blindados que inspiraram os tanques de guerra modernos.

Rolling Ball Tank, o tanque em forma de bola - Imagem: OObject

Os veículos blindados são importantes armas em uma guerra, devido a sua robustez, mobilidade e poder de ataque. Geralmente, os tanques de guerra possuem um formato muito parecido, com os trilhos de locomoção, o compartimento para posicionamento dos soldados na parte superior e o cano de disparo para munição de grosso calibre.

Contudo, para chegar a esse molde, esses carros de combate passaram por diversas reformulações e experimentações. Alguns desses projetos criaram veículos bizarros, como você pode conferir nas imagens abaixo, reunidas e publicadas pelo site OObject.

1. Progvev-T Gasdynamic: tanque com um motor a jato na sua parte dianteira para explodir minas ao lançar ondas de calor.


2. Vickers-Carden-Loyd Utility Tractor: experimento de um veículo blindado individual realizado em 1934. 


3. M15A Gun Motor Carriage: único protótipo criado pra um carro de combate com canhões para todos os lados.


4. Armored Quadricycle: quadriciclo armado de 1899.


5. Russian Tsar: triciclo russo dotado de armas desenhado em 1915.


6. Venezuelan Tortuga: tanque venezuelano de 1934.


7. Antonov KT: projetado em 1940, esse modelo contempla um tanque T-60 com as asas e motores de um avião da época.



8. Treffas Wagen: veículo blindado de 1917 inspirado em um trator. 


9. “Italian Self Propelled Gun”: este carro de combate é um dos mais estranhos, com um enorme canhão em sua parte traseira e rodas com quase o tamanho de um homem.


10. Rolling Ball Tank: tanque conceitual no formato de uma bola.


11. Tracked Besta: veículo norte-americano de 1917 que parece também servir para a abertura de estradas.  


12. Chrysler TV 8: um dos primeiros conceitos de tanque semiaquático. 


Fonte: Fernando Daquino (Tecmundo) - Imagens: OObject

07 outubro 2011

10 mulheres aventureiras com histórias incríveis

Quando nós pensamos em aventureiros e exploradores, é comum imaginar homens sujos, misteriosos e de barba em busca de novas terras ou excitação. No entanto, a história está repleta de mulheres que contrariaram a tendência de ficar em casa e saíram em busca de aventuras.


Conheça dez mulheres que viajaram o mundo e levaram uma vida aventurosa porque queriam expandir seus horizontes, ganhar dinheiro, ou simplesmente porque o tédio não era seu estilo:


1 – Lady Hester Stanhope, 1776-1839



Lady Hester nasceu no coração de um estabelecimento inglês, filha do Conde Stanhope Terceiro e sobrinha do futuro primeiro-ministro Pitt, o Jovem.


Lady Hester manifestou seu lado aventureiro no início da vida, quando tentou remar um pequeno barco para a França, que logo foi recapturado. Uma senhora ativa e uma inteligente jovem, ela foi escolhida para atuar como anfitriã do primeiro-ministro em eventos oficiais e, mais tarde, serviu como sua secretária.


Após sua morte, ela foi premiada com uma pensão substancial da nação pelo seu serviço. Foi esse dinheiro que lhe deu a liberdade de viajar. Ela partiu para Atenas, onde Lord Byron a recebeu, com um plano de enviá-la a Paris para espionar Napoleão.


Diplomatas britânicos logo acabaram com isso e Lady Hester partiu para o Egito. Quando seu navio lá chegou, ela passou a usar roupas masculinas, um hábito que assumiu a partir desse momento. Mais tarde, Lady Hester explorou o Oriente Médio. Ela se reuniu com o governante do Egito, tratou bandidos, visitou locais bíblicos, e, com tanta hospitalidade árabe, começou a acreditar-se uma rainha para os moradores.


Lady Hester foi a primeira europeia a visitar várias cidades e foi recebida calorosamente por seus governantes. Na cidade em ruínas de Palmira, Lady Hester imaginava que tinha sido coroada rainha do deserto, e nunca perdeu essa crença. Ela passou seus últimos anos em um palácio nas montanhas do Líbano.


2 – Annie Smith Peck, 1850-1935



Peck alcançou sucesso acadêmico na casa dos vinte anos, conforme se graduou em filologia e mostrou uma aptidão especial para o grego antigo. Isto a levou a tornar-se uma das primeiras professoras da América do Norte.


Peck passou um tempo estudando arqueologia na Grécia, a primeira mulher a fazer isso. Ela parecia feliz com sua carreira acadêmica, no entanto, quando tinha 44 anos, começou a praticar alpinismo na Europa, tornando-se a terceira mulher a escalar o Matterhorn.


Retornando para a América, ela passou um tempo escalando na América do Sul, procurando especificamente a montanha mais alta do Novo Mundo. Peck equivocadamente pensou que tinha a encontrado quando se tornou a primeira pessoa a escalar o monte Huascarán. O pico mais tarde foi renomeado em sua honra. Ela escreveu e dissertou longamente sobre suas aventuras e continuou a escalar até a velhice. Em 1909, quando escalou o Monte Coropuna no Peru, plantou uma bandeira no cume onde se lê “Votos para mulheres”.


3 – Gudridur



Gudridur (ou Guðríður) nasceu por volta de 980 d.C. na Islândia, e a sua história de vida vem de grandes sagas islandesas.


Ela percorreu uma distância muito maior do que a maioria das pessoas da época. Gudridur foi levada por seu pai para a colônia da Groenlândia fundada por Erik, o Vermelho, e se casou com Thorstein, filho de Erik.


Junto com seu marido, foi a oeste até um lugar chamado Vinland, agora conhecido como América do Norte, para recuperar o corpo do irmão de Thorstein. Infelizmente, esta expedição foi um fracasso e na viagem de regresso, Thorstein morreu.


Na Groelândia, ela se casou novamente. Com seu novo marido Thorfinnr, ela fez outra tentativa de colonizar Vinland. Os dois anos que essa colônia no Novo Mundo durou estão documentados na Saga da Groelândia.


Gudridur deu à luz ao primeiro filho europeu no Novo Mundo, Snorri. A saga da Groelândia fala de pessoas estranhas, que os colonos chamam de Skraelings, indígenas da área. No início, os nórdicos negociaram com os Skraelings, mas depois ocorreu uma luta que os nórdicos venceram.


Com medo de um ataque maior, os nórdicos se retiraram para a Groelândia. Em algum ponto, Gudridur se converteu ao cristianismo, juntamente com o resto dos nórdicos. Quando seu marido morreu, Gudridur decidiu peregrinar a Roma, onde conheceu o Papa e contou-lhe suas aventuras. Regressando à Groelândia, ela se tornou uma freira e viveu o resto de sua vida como uma eremita.


4 – Harriet Chalmers Adams, 1875-1937



Harriet Adams herdou seu amor pela vida ao ar livre de seu pai que, sem filhos, a levava para andar de cavalo e caminhar em montanhas.


Aos 14 anos, ela acompanhou seu pai em uma viagem de um ano a cavalo através da fronteira mexicana. Quando se casou com Frank Adams, o casal decidiu não viajar em lua de mel até que pudessem se dar ao luxo de viajar para algum lugar excitante.

Frank, um engenheiro, aceitou um trabalho no México e os dois transformaram isso em uma lua de mel prolongada. Harriet visitou todas as ruínas dos Astecas e Maias, muitas só recentemente descobertas nas florestas.


Harriet ficou encantada com a América Latina e encorajou Franklin a assumir um cargo em uma empresa de mineração, o que permitiria que eles viajassem pela América do Sul. Querendo documentar suas viagens, Harriet aprendeu a tirar fotografias. Suas fotos maravilhosas e sua capacidade de encantar o público a tornou uma das exploradoras mais importantes de sua época.


Ela escrevia muitos artigos para revistas e dava uma série de palestras. Ela é mais conhecida por suas explorações na América do Sul, mas também visitou a Ásia e, na eclosão da Primeira Guerra Mundial, tornou-se uma correspondente de guerra. Como a Sociedade de Geografia não permitia que mulheres fossem membros de pleno direito, ela ajudou a fundar e serviu como primeira presidente da Sociedade de Geógrafas.


5 – Freya Stark, 1893-1993



Em seu obituário, Freya Stark foi chamada de “a última das viajantes românticas”. Esta reputação tem cimentado sua posição como uma das melhores escritoras de viagens em inglês, e revelado sua longa vida de muita aventura.


Sua infância foi vivida na Itália, embora confinada por doenças por longos períodos. Após um acidente onde seu cabelo ficou preso em máquinas, ela precisou de meses de enxertos de pele, que a mantiveram no hospital. Stark passou seu tempo lendo e ensinando-se latim.


Sua vida de viajante começou no final de 1920. Seu segundo livro, Os Vales dos Assassinos, conta como Freya Stark se tornou a primeira mulher europeia a entrar no Irã. Nas montanhas, ela mapeou a área para os ocidentais pela primeira vez, e viu castelos em ruínas dos Assassinos. Retornando desta aventura, ela publicou o primeiro de quase trinta livros sobre viagens que ainda são lidos até hoje.


Seu conhecimento do Oriente Médio e de línguas foi bem utilizado no combate ao fascismo na Segunda Guerra Mundial. No Egito, ela fundou um grupo pró-democracia para combater a propaganda fascista, disseminada por agentes alemães. Após a guerra, ela continuou suas viagens e escritos até o final de sua vida.


6 – Nellie Bly, 1864-1922



Nellie Bly nasceu Elizabeth Cochran. Suas aventuras surgiram devido a seu trabalho para o jornal New York World.


O primeiro artigo de Bly foi sobre um asilo de mulheres lunáticas. Fingindo ser demente, Bly foi admitida e conviveu com pacientes confinados numa ilha. A comida era rançosa e as enfermeiras brutais. O artigo que ela escreveu foi um avanço no jornalismo investigativo e levou a reforma de hospitais psiquiátricos.


Sua próxima aventura foi uma das que lhe trouxeram fama mundial. Bly empreendeu-se em um desafio de fazer uma viagem ao redor do mundo em um tempo mais rápido do que os 80 dias de Phileas Fogg.


Ela saiu com um passaporte especial assinado pelo Secretário de Estado em 14 de novembro de 1889. Sua viagem começou com enjoo, mas terminou em triunfo. Na França, ela conheceu Jules Verne, que achava que ela poderia gerenciar a viagem em 79 dias, mas nunca em 75, que era o que ela esperava. Através dos mares, ela atravessou o Canal de Suez, visitou uma colônia de leprosos chineses e comprou um macaco, conseguindo voltar a Nova York em um tempo de 72 dias, 6 horas e 11 minutos.


7 – Louise Boyd, 1887-1972




Nascida na riqueza, Louise Boyd usou sua grande herança para explorar as regiões árticas que ela tanto amava.

Boyd seria a primeira mulher a chegar ao Polo Norte, no conforto relativo de um avião, em 1955. Viajando pela Europa depois da morte de seus pais em 1920, ela passou algum tempo em Spitsbergen, onde achou o gelo sedutor. Sua primeira exploração do Ártico foi em 1926, quando ela passou um tempo filmando e fotografando o ambiente.


Foi a sua caça de ursos polares nessa viagem que lhe valeu a alcunha de “Diana do Ártico”. Sua exploração mais famosa foi ajudar na caçada ao reconhecido explorador Roald Amundsen, que tinha desaparecido. Seu avião cobriu mais de 16 mil quilômetros na busca, mas Amundsen nunca foi encontrado.


Por seus esforços, Boyd tornou-se a primeira mulher não norueguesa a ser condecorada com a Cruz de Cavaleiro da Ordem de Santo Olavo pelo rei Haakon VII. Ela voltou para os EUA e liderou cinco expedições a Groelândia pelas quais foi homenageada pela Sociedade de Geografia. Uma área da Groelândia foi nomeada terra de Louise Boyd em sua homenagem.


8 – Kira Salak, 1971 até hoje



A Idade de Ouro da aventura para as mulheres pode parecer ter passado, mas ainda há um grande mundo lá fora para elas.


Kira é uma escritora e aventureira profissional. Após graduar-se em literatura e escrita de viagem, ela atravessou Papua Nova Guiné. Esta experiência se transformou em seu livro “Four Corners” (Quatro Cantos). Desde então, ela tem escrito numerosos artigos e visitado o Peru, Irã, Butão, Mali, Líbia e Birmânia, entre outros lugares.


Talvez sua exploração mais ousada tenha sido no Congo, no rastro de gorilas da montanha. Salak foi contrabandeada para o país por ucranianos. Seu artigo premiado sobre a viagem dá uma visão clara de um país com muitos problemas humanos.


Na cidade de Bunia, Salak encontrou-se com algumas das crianças-soldados das milícias locais. Não há nenhum charme das aventureiras britânicas vitorianas em sua escrita. As viagens chocantes de Salak revelam um mundo que nós, vivendo em uma era de “aventuras” fáceis, não conhecemos.


9 – Mary Kingsley, 1862-1900



Mary Kingsley nunca foi formalmente educada, mas ajudava seu pai viajante em suas pesquisas. Seu pai a colocou para trabalhar fazendo anotações para seu estudo comparativo de religião, e quando ele morreu, este foi deixado inacabado.


Sem qualquer direção, mas com uma herança na mão, Kingsley decidiu continuar o trabalho de seu pai, estudando as religiões da África Ocidental. Quando ela pediu a especialistas noções de onde ela deveria viajar, lhe aconselharam a não ir, mas se ela fosse, que trouxesse de volta amostras biológicas.


Então, ela partiu com uma pequena quantidade de bagagem, coletando amostras por onde passava, e com um livro de frases úteis para tentar se comunicar.


Kingsley fez duas viagens para a África Ocidental e as descreveu no livro “Viagens na África”. Ela trouxe amostras de flora e fauna para a Inglaterra, e três espécies de peixes foram nomeadas em sua honra.


Mas a real importância de suas viagens foi em difundir uma visão um pouco mais esclarecida da África do que a que existia na época. Segundo ela contou, os nativos não eram selvagens esperando para serem trazidos para os padrões europeus, mas tinham mentes independentes e culturas próprias. Ela morreu na África do Sul de febre tifoide, enquanto tratava os feridos na da Segunda Guerra dos Bôeres.


10 – Gertrude Bell, 1868-1926



Gertrude Bell foi muitas coisas em sua vida, mas é mais lembrada hoje por seu papel na formação da nação do Iraque após a Primeira Guerra Mundial.


Bell tem muitas estreias ateadas ao seu nome: ela foi a primeira mulher a receber um diploma de primeira classe em História pela Oxford e a primeira mulher a escrever um artigo para o governo britânico. Ela viajou ao redor do mundo duas vezes.


Uma vez, enquanto praticava alpinismo na Suíça, pegou uma nevasca e passou dois dias pendurada em uma corda.


A verdadeira vocação de Bell veio quando ela viajou para Teerã para visitar seu tio. No Oriente Médio, ela aprendeu sozinha as línguas locais e estudou arqueologia. Muitos arqueólogos do Oriente Médio na época também serviam como agentes de inteligência, como T.E. Lawrence, que ela conheceu em uma escavação.


Em 1915, ela trabalhou com Lawrence novamente no Cairo. O conhecimento de Bell do Oriente Médio foi usado para ajudar os movimentos do exército britânico durante guerras. Quando ela foi para Basra, fez contatos com muitos locais importantes.

Também conheceu os futuros reis Abdullah e Faisal.


Na conferência pós-guerra sobre o mandato britânico no Oriente Médio, Bell empenhou-se em conquistar um governo autossuficiente e ajudou a aconselhar o rei Faisal.


Ela foi enterrada em Bagdá, a capital de um país que ajudou a criar.


Fonte: Listverse via hypescience.com

27 julho 2010

Lançamento do livro "Lendas Urbanas"

Lançamento do meu livro "Lendas Urbanas", pela Editora Planeta, na Bienal Internacional do Livro, no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo. Tardes de autógrafos na sexta-feira 13 e no sábado 14 de agosto, às 15 horas. Compareçam! Será um prazer recebê-los!

O homem do saco, A mulher do táxi, A gangue do palhaço são histórias verdadeiras ou não passam de ficção? Polêmicas à parte, o fato é que qualquer um já foi tomado ou pela curiosidade ou pelo medo ao ouvir uma lenda urbana. Repletas de mistério, suspense e ação, essas histórias fazem qualquer um viajar em um universo paralelo e sobrenatural.

No livro Lendas urbanas, lançamento da Editora Planeta para a Bienal do Livro de São Paulo, Jorge Tadeu, famoso pelo quadro Lendas Urbanas do programa Domingo Legal no SBT, reúne as 10 das melhores lendas apresentadas na TV.

Ele narra essas conhecidas histórias que passam de boca em boca, com riqueza de detalhes e ilustrações assustadoras, capazes de instigar até mais céticos. Agora, essas lendas que têm passado de geração a geração e habitam o imaginário popular podem ser guardadas e lidas a qualquer hora. Ideal para assustar os amigos e família com criatividade e bom humor.

Começou a divulgação e venda do Livro 'Lendas Urbanas':

http://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha/768946-livro-seleciona-lendas-urbanas-como-a-loira-do-banheiro-e-a-gangue-do-palhaco.shtml