26 julho 2014

Há 100 anos: Primeira Guerra fez impérios ''sumirem'' do mapa; veja os países divididos

A atual divisão política dos países –principalmente a do continente europeu– nem de longe lembra a do mundo em 1914 antes do começo da Primeira Guerra Mundial. O conflito, cujo início completa 100 anos na segunda-feira (28), não só mudou a configuração de alguns territórios, como fez surgir novas repúblicas. 

Com a vitória da Tríplice Entente (Reino Unido, França e Rússia) e assinatura de tratados de paz, os Impérios Centrais Alemão, Austro-Húngaro e Otomano entraram em colapso e passaram por processos de fragmentação. O Império Russo também perdeu uma parte do território.

Antes da Primeira Guerra em 1914, divisão territorial mostra grandes impérios

Depois do fim da Primeira Guerra, impérios se fragmentam em vários Estados-nações

Com o Tratado de Versalhes, em 1919, o Império Alemão foi obrigado a devolver a Alsácia-Lorena para a França. As antigas colônias alemãs também foram cedidas a França e Reino Unido. O regime monárquico foi substituído pelo republicano, com a instalação da chamada República de Weimar em 1919.

Pelo Tratado de Saint-Germain, também de 1919, o Império Austro-Húngaro foi desmembrado. Isso fez com que a Áustria perdesse sua saída para o mar. O acordo também forçou que fosse reconhecida a independência da Polônia, Tchecoslováquia, Hungria e Iugoslávia. Outros tratados assinados com Estados derrotados acabaram por delimitar demais territórios –como o da Bulgária.

As repúblicas bálticas sob poder do Império Russo foram cedidas aos Impérios Centrais no Tratado de Paz de Brest-Litovski em 1918. As repúblicas acabaram tornando-se independentes após a derrota da Alemanha. Assim, Finlândia, Estônia, Letônia e Lituânia viraram Estados.

Bielorrússia e Ucrânia foram anexadas ao território russo, formando a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). A independência dos países aconteceria só em 1991, com o fim da União Soviética. Até hoje persistem problemas com grupos separatistas. A população, concentrada principalmente na Crimeia --que foi recentemente anexada pela Rússia-- no leste ucraniano, fala russo.

O Império Otomano, que compreendia a Anatólia, Oriente Médio, parte do norte da África e sudeste europeu, fragmentou-se em vários territórios. Atualmente, ele equivaleria a uma área onde estão 40 países. Muitos foram entregues de forma arbitrária a outros países, entre eles Reino Unido e França. As potências na época, por sua vez, não levaram em conta a diversidade étnica local ao dividir os territórios –e até hoje a região tem conflitos em razão disso.

Foi dessa fragmentação, por exemplo, que surgiria a Turquia, república reconhecida em 1923. Em 1924, a Assembleia turca dissolveu o califado muçulmano, que até então era a forma de governo no território otomano, expulsando seus representantes.

O califado seria retomado quase 100 anos depois pelo EIIL (Estado Islâmico do Iraque e do Levante) nos territórios entre Síria e Iraque, entre Aleppo e Diyala, por rebeldes sunitas. O autoproclamado "Estado Islâmico" está sob liderança do extremista Abu Bakr al-Bagdhadi ou "califa Ibrahim", um sucessor da autoridade política do profeta Maomé.

Fonte: UOL (com agências) - Arte/UOL

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07 maio 2014

Dez opções de transporte "sci-fi" que podem virar realidade

Elon Musk é o nome por trás de algumas das criações mais brilhantes das últimas décadas. Foi ele quem fundou a Tesla Motors e desenhou um inovador carro elétrico; é dele a empresa de transporte espacial SpaceX; e foi ele quem criou o sistema alternativo de transações financeiras PayPal. E agora, espera-se que sua mais nova empreitada também seja bem-sucedida, já que trata do transporte público.

supercavitação

O transporte em um futuro próximo é uma das grandes preocupações do mundo atual. A internet aproximou a todos globalmente mas ainda falta algum veículo ou processo capaz de diminuir o tempo entre as viagens, principalmente porque já há tecnologia para substituir carros, trens e aviões por veículos ainda mais rápidos. E foi pensando em novas opções que o pessoal do ListVerse montou essa lista, de dez alternativas que poderemos ver funcionando muito em breve.

10. Hyperloop


hyperloop

Musk sugere um sistema de transporte ultraveloz, de cidade a cidade, capaz de levar pessoas de São Francisco a Los Angeles em apenas 35 minutos. Como fazer isso? Bem, o inventor diz ser necessário um tubo de aço elevado contendo cápsulas de alumínio capazes de viajar a 1.200 km/h. Tudo a partir da energia solar.

O grande desafio seria encontrar alguém corajoso o suficiente para investir US$ 70 bilhões só pra começar o projeto. Ainda mais porque muita gente que já deu uma olhada no conceito do Hyperloop achou o sistema caro e impraticável.

Apesar da descrença, Musk continua tocando o projeto e a startup chamada Hyperloop Transportation Technologies, Inc. anunciou recentemente um protótipo do Hyperloop para o primeiro bimestre de 2015.

9. Carros nucleares


carros nucleares

O tório é um elemento químico muito denso e um dos maiores responsáveis pelo aquecimento do centro da Terra. E pode ser uma das alternativas de combustível para um carro nuclear.


Essa é a ideia da companhia estadunidense Laser Power Systems (LPS), que vem desenvolvendo uma maneira de utilizar um pedaço minúsculo de tório no motor de um veículo. De acordo com o projeto, oito gramas do elemento radioativo poderiam alimentar um automóvel por mais de 100 anos.

8. Supercavitação


supercavitação

A cavitação, fenômeno observado quando um objeto move a uma grande velocidade em um fluído, atrapalha a indústria naval e a aeronáutica. A supercavitação, no entanto, é vista com bons olhos no setor de novas tecnologias de transporte.


Na supercavitação, o fluido se expande ao redor do objeto e adquire uma velocidade muito grande, fazendo com que a pressão diminua até que haja evaporação do líquido. Isso diminui a fricção em até 900 vezes.

Uma companhia de Portsmouth, nos Estados Unidos, vem trabalhando em um barco chamado Ghost, que poderia utilizar a supercavitação. A Juliet Marine Systems também estaria de olho em sua finalidade militar: um veículo marítimo com essa tecnologia poderia enganar sonares e até mesmo superar a velocidade de torpedos.

7. O Martin Jetpack


Quem é fã de ficção científica conhece bem os jetpacks, que, literalmente, são mochilas com jatos propulsores, capazes de fazer pessoas voarem. E o neozelandês Glenn Martin juntou a fantasia com a realidade: é dele o primeiro jetpack viável, considerado uma das 50 grandes invenções de 2010 pela revista Time.

Depois de 30 anos trabalhando no projeto, Martin conseguiu voar em sessões de 30 minutos cada, a velocidade de 74 km/h e a 900 metros de altura. A ideia deu certo, contudo, por enquanto segue muito cara: a mochila voadora estará disponível para todo mundo já neste ano, desde que você tenha US$ 200 mil para bancar cada unidade.

6. Velo-city


VELOCITY

Em 2006, a prefeitura de Toronto anunciou planos de criação do que seria um "ultra silencionso sistema de trânsito, sem poluição, de alta velocidade, operante durante todas as estações do ano e capaz de fazer as pessoas ficarem mais saudáveis". Isso é tudo o que promete a Velo-city (com trocadilho e tudo), que prevê pistas elevadas em tubos de três vias para bicicletas.


O projeto do arquiteto Chris Hardwicke prevê que a eficiência dos ciclistas poderia aumentar em até 90%. A pista com circulação de ar favorável poderia deixar a velocidade média dos usuários próxima a 50 km/h, além de proteger os mesmos dos efeitos climáticos.

Apesar das boas intenções, o projeto foi arquivado temporariamente, devido às mesmas razões da maioria: falta de verba.

5. Next


O Next seria algo parecido com o Google Car, um veículo conduzido por computadores em sincronia com mapas online atualizados em tempo real, só que voltado para a interação social. Com ele, seria possível chamar um módulo via smartphone, que pegaria o passageiro no destino escolhido e então levaria a um veículo maior, com várias outras cabines semelhantes.

Em seguida, os módulos seriam rearranjados para simular um vagão de trem ou o interior de um ônibus, de acordo com a "configuração social" desejada. A ideia do designer Tommaso Gecchelin é louvável, porém, o próprio criador admite que tecnologias precisam ser desenvolvidas para que o Next seja uma realidade, como, por exemplo, nanomateriais, baterias de alta capacidade e painéis solares baratos. E isso não deve acontecer antes de 2025.

4. Kolelinio


O conceito criado por Martin Angelov, em 2010, é, basicamente, usar um sistema cruzado de tirolesas, acoplado a assentos motorizados. O Kolelinio, além de ser amigável ao meio-ambiente, teria também "pistas" em que os usuários estariam próximos ao chão em dias normais e outras mais acima, em áreas de tráfego intenso.

A ideia de Angelov, porém, não oferece proteção contra mau tempo e também depende do peso das pessoas, já que um obeso teria problemas de segurança, por exemplo. Ainda assim, o projeto segue em andamento e pode ser que haja alguma novidade em breve.

4. The Skylon


SKYLON

O Reino Unido anunciou no ano passado que pretende criar um avião super-rápido, o Skylon, com poder de atingir cinco vezes a velocidade do som e até mesmo de ultrapassar os limites da órbita terrestre. A projeção é de que a aeronave levaria 300 passageiros de Londres a Sydney em quatro horas. Ou até mesmo um carregamento de 15 mil quilos para alguma estação espacial internacional, por exemplo.


O processo de construção já começou, porém, enfrenta o mesmo problema de sempre: é preciso pelo menos US$ 90 milhões para iniciar o projeto, chamado pelo chefe de departamento de transporte aéreo do Instituto de Tecnologia de Massachusetss, John Hansman, de "algo formidável para a ficção científica mas muito, muito difícil de concretizar".

Apesar do baixo-astral de Hansman, muitos cientistas estão otimistas com a ideia e, se tudo der certo, pode ser que tenhamos um protótipo do Skylon em algum momento de 2017.

2. Scarab


SCARAB

O "escaravelho" seria uma alternativa com utilidade flexível. Baseado no corpo de uma moto mas capaz de andar em quatro rodas,  o veículo viria com espaço para combustível orgânico e celular, baterias e bagageiro compacto. Além disso, poderia ser dirigido manualmente ou automaticamente em vias controladas. No trânsito, poderia ocupar menos espaço "de pé", inclusive em estacionamentos.


De acordo com o designer David Miguel Moreira Gonçalvez, a ideia do Scarab nasceu da constatação de que a maioria prefere transportes individuais aos públicos. Então, o veículo vem para ser uma opção amigável à natureza e que possa atender a esse anseio.

Ainda não há planos para protótipos, mas como o Scarab tem o projeto "verde", pode ser que alguma inspiração ou variação apareça em eventos ecológicos no futuro próximo.

1. SkyTran

Essa é a invenção mais próxima do que já vimos como solução para o transporte em filmes futuristas. Uma pista de metal sobre a cidade carrega cabines com passageiros. Neste caso o SkyTran, criado para solucionar o problema de intenso tráfego em Tel Aviv, Israel, utiliza carros compactos seis metros acima do chão em movimentação baseada na levitação magnética.

De acordo com os desenvolvedores, para usar o SkyTran basta ligar um aplicativo nas proximidades de uma estação. A partir daí, os carros que estiverem mais perto surgem para atendê-lo, de acordo com seu destino final. Isso custaria mais que uma passagem de ônibus e menos que uma corrida de táxi, com o uso de energia neutra.

Apesar de parecer coisa saída do desenhos dos Jetsons, o SkyTran pode alcançar 241 km/h e não se surpreenda se vir um desses já funcionando por aí muito em breve em Tel Aviv.

Fonte: canaltech.com.br

30 abril 2014

Dez teorias conspiratórias da era da internet

Artistas marionetes, massacres forjados, aviões surrupiados pela Cia... Nunca tivemos um ambiente tão prolífico para o desenvolvimento das chamadas teorias do que ‘realmente’ aconteceu.


A internet talvez pudesse ser classificada como um amplo centro nervoso dotado de megafones em toda parte. Como consequência, há hoje uma facilidade nunca antes vista para a distribuição e replicação de informações — embora certamente não falte quem questione a cultura da era atual. Entretanto, nem só de fatos consumados vive o nosso belo cosmo virtual. Afinal, sempre se pode arremessar algo na grande rede e esperar pelo respaldo.

É claro que as teorias da conspiração existem desde muito antes de aquele famoso sujeito interligar as universidades com sua proposta integrada para intercâmbio de pesquisas. Entretanto, cá entre nós, jamais foi tão rápido e imediato fomentar intrigas e chamar a atenção para teorias do que “realmente” aconteceu. 

De fato, basta um rápido passeio online para conhecer dezenas de teoristas sobre tudo — ou, vá lá, quase tudo. Afinal, há celebridades sendo controladas como títeres para táticas políticas escusas; há aviões cujo desaparecimento se justifica por uma manobra da CIA; há massacres escancarados que, “na verdade”, foram forjados.

O "Olho da Providência", conforme encontrado na nota de 1 dólar, 
serve de constante estofo para especulações sobre as origens dos EUA

Isso para não mencionar que mesmo os nossos familiares mais próximos devem integrar um movimento “secreto” que abriga a quase totalidade da população global — sabe aquele vendedor de cachorro-quente “estranho” da sua rua? Sim, ele “é um illuminati!”, garantem os teoristas.

Por fim, é claro que a “indústria cultural”, como já foi chamada, também não poderia escapar do ardil dos teóricos. Quer dizer, como você nunca percebeu a semelhança entre Ron Weasley e Albus Dumbledore? Ou vai dizer que certa roupa da determinada personagem de um dado seriado não fazem supor uma ligação possível com Sharon Tate — esposa do diretor Roman Polanski assassinada pela seita de Charles Manson?  

Naturalmente, exemplos é que não faltam. Entretanto, o site Mashable reuniu 10 bons exemplos do atual “catalisador teorista” do ambiente online. Confira abaixo.

O voo 370 da Malaysia Airlines estaria em uma ilha britânica

Já disse o sábio: “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Bem, é fácil inferir daí que as coisas não podem simplesmente “desaparecer”, deixando para trás o vácuo. E isso deve ser ainda mais aplicável no caso de um avião enorme pesando dezenas de toneladas — como bem têm observado diversos teoristas do caso envolvendo o sumiço do voo 370 da Malaysia Airlines.


Eis, portanto, o que “realmente” aconteceu: o avião pousou em Diego Garcia, uma pequena ilha britânica no oceano Índico. E o que é pior: conta-se que a ilha é tradicionalmente utilizada pela CIA para aprisionar e torturar suspeitos.

É claro que a teoria já foi desmentida em relatórios oficiais. Ledo engano: historicamente, isso apenas faz aumentar as especulações, afinal. Particularmente, acho a proposta da ilha de Lost muito mais crível... Cada um com a sua aposta, naturalmente.

A Google é a Skynet

Afinal, como você não “percebeu” isso antes? As conexões entre a onipresente Google e a temível entidade cibernética da série “O Exterminador do Futuro” saltam à vista! Bem, mas o estopim da teoria ligando a companhia à inteligência artificial com pretensões de varrer da Terra os seres humanos é algo relativamente recente.


Metade teoria, metade “meme” fundado em pura zoeira, a hipótese acabou ganhando fôlego depois que a Google adquiriu a Boston Dynamics, uma companhia de engenharia robótica notória por haver construído robôs para o Pentágono.

Entretanto, justiça seja feita, o blog GoogleIsSkynet está por aí desde 2006, garantindo que, em algum momento futuro, a Google nos controlará a todos — algo muito distante do que se vê atualmente... Certo? Enfim.

O massacre de Sandy Hook seria apenas um trote mórbido

O massacre na escola primária de Sandy Hook foi um dos piores da história dos Estados Unidos da América — sendo a pior chacina escolar provocada por um único sujeito no país. Em 2012, Adam Lanza, um estudante de 20 anos, entrou no local e disparou desbragadamente, matando 20 crianças, seis adultos e, por fim, colocando uma bala na própria cabeça. Antes disso, ele havia também matado a própria mãe. 


Bem, ocorre que isso “seria” trágico se “realmente” houvesse ocorrido. Segundo alguns teoristas, tudo não passou de um trote mórbido de muito mau gosto. E isso porque (a) Lanza era “frágil” demais para carregar diversas armas simultaneamente e também (b) muito inexperiente para ter conseguido matar tanta gente.

O site Memory Hole, dedicado à especulação, garante que as fotos tiradas no dia foram encenadas por atores. Na verdade, de acordo com o veículo, nem mesmo existiu uma pessoa de nome “Adam Lanza”. Além disso, as mensagens no Twitter teriam sido postadas antes do incidente.

Todos somos Illuminati

De acordo com uma classe muito comum de teóricos da conspiração, há atualmente mais Illuminati por aí do que artistas postando para fotos segurando bananas. Sua mãe deve ser uma, de fato, assim como padeiro da sua rua, seu cachorro, o pedinte da esquina, o prefeito da sua cidade e — quem sabe? — até o seu animalzinho de estimação.


Entretanto, as teorias envolvendo os rumos hodiernos da seita têm um ponto de confluência favorito: as celebridades. Beyoncé, Jay Z, Miley Cyrus, Kanye West, Taylor Swift... Há quem diga que todos já deixaram sinais claros de que pertencem à sociedade secreta — a qual, em um futuro não muito distante, deve nos subjugar a fim de instaurar uma nova ordem mundial.

São triângulos aqui, safadezas televisionadas ali, detalhes de clipes acolá... Há quem se ocupe de reunir tudo isso. Mas, espere, o próprio redator que vos escreve deve ser um Illuminati, não? Afinal, parece que eu estou aqui desacreditando a coisa toda, não? Humm...

O que “realmente” derrubou o voo 800 da TWA?

Embora as teorias sobre o voo 800 da TWA tenham saído um pouco da moda nos últimos anos, há ainda diversos ânimos internet afora que não se contentaram com a versão oficial do acidente envolvendo o Boeing 747 — uma explosão do tanque de combustível teria causado a morte das 230 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulantes.


Embora haja muita especulação, a maioria delas — as mais coerentes, pelo menos — afirmam que o avião foi abatido pelo próprio exército dos EUA, que teria, então, encoberto a coisa toda por motivos óbvios. Há quem garanta, inclusive, que isso se deveu à presença de terroristas no voo. Enfim, mais uma teoria que ainda deve dar muito estofo a especulações.

O presidente dos EUA puxa as cordas das celebridades

E você aí achando que a Miley Cyrus havia “despirocado” por acaso, hein? “Não mesmo!”, diria um dos teóricos envolvendo a clássica visão de títeres governamentais. Há quem diga, por exemplo, que o declínio estrondoso da musa pop Britney Spears foi algo arquitetado para ludibriar a atenção popular — particularmente, oferecendo algo mais chamativo do que as derrapadas do governo Bush.


O mesmo valeria para a infame apresentação de Miley Cyrus durante o evento MTV Video Music Awards — incluindo o famigerado esfregar de partes pudendas. Nesse caso, é claro, o interessado não seria mais o ex-presidente Bush, mas sim o seu sucessor, Barack Obama, que igualmente teria interesse em desviar as atenções das questões políticas.

Os desenhos da Pixar ocupam o mesmo universo

Comece a coletar os indícios ali e julgue por você mesmo, mas há muita gente que defende um universo único ao qual se referem todos (sim, todos) os desenhos da produtora Pixar. Tudo bem, vá lá, a coisa aqui é um tanto menos compromissada (ou preocupada) do que as comoções mais políticas.

Curiosamente, entretanto, até faz mais sentido — embora dificilmente pareça algo intencional. Confira alguns dos fatos utilizados pelos teóricos para endossar a hipótese do “Universo Pixar” — conforme reunido pelo “Detetive da Pixar”, Jon Negroni, em seu site pessoal:

● Brave é o primeiro e também o último filme em uma linha cronológica épica. Ali, os animais foram enfeitiçados para que assumissem um comportamento humano;

● Isso explicaria o porquê de o ratinho de Ratatouille ser capaz de cozinhar — os animais do universo Pixar estariam evoluindo;

● Charles Muntz, o vilão do desenho “Up — Altas Aventuras”, aprendeu como provocar a evolução dos animais, o que o inspirou a criar o colar capaz de registrar os pensamentos dos cães;

● Syndrome, a arqui-inimiga de “Os Incríveis”, desenvolveu uma inteligência artificial que, ao longo dos anos, poderia evoluir para conceder consciência a objetos inanimados... E é daí que surgiria a explicação para os bonecos de Toy Story, naturalmente; e 

● Monstros S.A. é a animação mais futurística da todas. E há uma ligação com Brave, é claro. Ou você nunca percebeu que a adorável “Boo” é, “na verdade”, uma viajante do tempo... Ou, a bruxa de Brave, que teria iniciado a coisa toda, transformando os longa-metragens em um belo ciclo fechado magnificamente orquestrado.

Celebridades imortais

A banda Red Hot Chili Peppers já falava de “pagar bem o seu cirurgião para quebrar o feitiço do tempo” e, de fato, com uma conta bem recheada é possível ocultar a idade em 10 ou 15 anos. Mas existem celebridades que realmente abusam, hein? Com isso, surgem mais um dos campos tradicionais dos especuladores na era da internet: o das celebridades imortais.


Há quem diga, por exemplo, que o cantor e compositor Pharrel pode ser um vampiro. Não, ninguém nunca o surpreendeu sugando o pescoço de alguém — e nem mesmo dilacerando um pedaço de carne crua. Entretanto, os teoristas de plantão acreditam que deve ser a única forma de um sujeito com 40 ter a aparência de 20.

E é nesse ponto que, normalmente, surge o próximo passo necessário da especulação: alguém aparece com um retrato de dezenas ou mesmo centenas de anos, no qual há um sujeito perturbadoramente semelhante a Pharrel, Nicolas Cage, Jay Z ou Keanu Reeves (um dos preferidos). Haja tempo livre.

Ron Weasley e Albus Dumbledore são a mesma pessoa

No universo de Harry Potter, Ron Weasley é aquele típico sidekick — cômico, quase sempre amável, confiável e sem um conjunto de virtudes extenso o suficiente para ameaçar o herói principal. Entretanto, de acordo com alguns teóricos da conspiração, o papel do atrapalhado Sr. Weasley é um tanto mais pronunciado do que poderia considerar uma mente ingênua.


Há quem diga que o simpático ruivo é, na verdade, o próprio Albus Dumbledore. Os detalhes estão todos ali: altura, aparência esguia, longos narizes e cabelos ruivos — embora Dumbledore possua uma longa cabeleira acinzentada atualmente, flashbacks nos livros insinuam que o velho mago também possuía “cabelo de fogo” quando era mais jovem.


Como isso é possível? Novamente, recorre-se às viagens temporais (sempre elas). O responsável por Hogwarts seria, portanto, um envelhecido Ron Weasley que volta no tempo para viver o restante dos seus dias como Dumbledore. Bem, a hipótese tem sua elegância, não se pode negar.

Fonte: Luccas Monteiro (tecmundo.com.br) via Megacurioso - Imagens: Reprodução/WikimediaCommons