A presença dos deputados na sessão secreta que vai definir o futuro político do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) gerou tumulto nesta quarta-feira na entrada do plenário do Senado. Os deputados da chamada "terceira via" tentaram entrar à força no plenário e houve troca de socos.
O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) partiu para cima dos seguranças, já que o ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou a entrada de 13 deputados na sessão secreta na qual será votado o projeto de resolução que trata da cassação de Renan.
A decisão de Lewandowski autoriza que os seguintes deputados acompanhem a sessão e assistam à votação: Raul Jungmann (PPS-PE); Fernando Gabeira (PV-RJ); Chico Alencar (PSOL-RJ); Carlos Sampaio (PSDB-SP); Luiza Erundina (PSB-SP); Raul Henry (PMDB-PE); Paulo Renato Souza (PSDB-SP); Luciana Genro (PSOL-RS); José Carlos Aleluia (DEM-BA); Alexandre Silveira (PPS-MG); Fernando Coruja (PPS-SC); Gustavo Fruet (PSDB-PR); José Aníbal (PSDB-SP).
Os deputados carregam cartazes contra a sessão fechada do caso Renan. Após a confusão, os deputados conseguiram entrar no plenário. O vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), havia dito que iria recorrer para que o Supremo revisse a decisão de autorizar que deputados participem da reunião, mas depois voltou atrás.
De acordo com Viana, a permanência de deputados na reunião, não permite que ele, como presidente da sessão, possa de alguma maneira cobrar dos parlamentares da Câmara a mesma conduta dos senadores, que não poderão usar laptops nem celulares. "É uma decisão atípica [a do Supremo], que não condiz com as táticas adotadas", afirmou.
Lewandowski deferiu na madrugada desta quarta-feira parte do pedido de liminar ingressado por deputados federais. Na decisão, o ministro autorizou que 13 deputados, da chamada "terceira via", acompanhem a sessão secreta no Senado.
No pedido, os parlamentares solicitaram o livre acesso à sessão secreta, uma vez que o regimento interno do Senado determina que apenas senadores estejam presentes no plenário da Casa durante a votação --além de dois funcionários da Mesa Diretora autorizados a assessorar o processo.
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