02 agosto 2006

Hiroshima e Nagasaki - O genocídio que o Ocidente esqueceu

Há 61 anos, no dia 8 de agosto de 1945, um piloto americano pintou na fuselagem de seu avião o nome "Enola Gay". Era o nome de sua mãe. Depois, voando sobre o Japão, num belo dia de sol, despejou a bomba atômica que derreteu em 30 segundos cerca de 100 mil pessoas, em Hiroshima. Ele viu com prazer e espanto o cogumelo em chamas se erguendo ao céu e, contente da missão cumprida, voltou à base, sendo que, três dias depois, outro aviãozinho matou mais 100 mil e transformou também Nagasaki num deserto de metal derretido.
Por que esse genocídio não é tão lembrado com o Holocausto que matou milhões de judeus? Terá chocado mais os anos de trabalho nazista do que aquele minuto em que os japoneses foram derretidos por uma gigantesca bola de fogo?
Seria a falta de imagens de trens transportando pessoas para a morte, de prisioneiros famélicos nos campos de concentração ou das pilhas de cadáveres que a máquina nazista produziu?
Realmente o trabalho dos aliados foi extremamente “limpo”, rápido, um verdadeiro um "feito tecnológico", uma "vitória" da ciência.
Os nazistas eram loucos, matavam em nome de um ideal psicótico da busca do homem perfeito, para eles, o ariano. Os japoneses como dizia Trumam em seu diário secreto eram “animais cruéis, obstinados, traidores, fanáticos."
Mas a destruição de Hiroshima e Nagasaki não era "necessária". O Japão estava se rendendo, querendo apenas preservar o imperador Hiroito e a monarquia instituída. A "razão" real era que o presidente e os "falcões" queriam testar o brinquedinho novo. Vamos ao revelador diário de Truman novamente depois do primeiro teste da Bomba "É incrível! É o mais destruidor aparelho já construído pelo homem! No teste, fez uma torre de aço de 60 metros virar um sorvete quente!"
A outra grande "razão" americana para o ataque era a vingança. Os USA tinham de vingar Pearl Harbour. As duas bombas caíram "de surpresa", exatamente como fora o ataque japones, anos antes. Além disso, queriam intimidar a União Soviética e Stalin, pois a guerra fria já assomava no horizonte.
O nome da América não saiu maculado no após a guerra. O da Alemanha ficou marcado para sempre e o do Japão não desperta absolutamente nenhuma lembrança de sua tragédia.

5 comentários:

  1. Anônimo6:00 PM

    boa tarde amigo Jorge.
    a historia é sempre contada na versão dos vencedores.
    ninguém questiona o outro lado da moeda. o porquê do odio de hitler contra os judeus. a alemanha era presa de guerra dos europeus, vivia numa miseria danada. o povo alemão não tinha acesso aos bons empregos, todos nas mãos dos judeus que sempre os humilhavam.
    estamos vendo agora no libano como são bonzinhos os israelitas.
    ainda faltam milhares de anos para o homem ser realmente civilizado.
    um abraço.

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  2. Anônimo9:38 PM

    ë realmente a crueldade é latente.
    Analise o passado Japão / China , então estes niponicos nào parecerão tào vitimas da situacao...

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  3. Tem razão sobre a questão China x Japão. A história, dinâmica como é, faz de antigos vilões vítimas e vice-versa.
    Obrigado pelo comentário.

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  4. Amigo Carlos
    São anos de opressão aos árabes como foram com os alemães. Não sou anti-semita, mas sim, anti-sionista. E por trás desses acontecimentos históricos sempre prevaleceu a história que nos foi passada pelos vencedores como você muito bem citou. Perguntaríamos: onde estão as armas químicas do Iraque que justificaram a invasão? E quem destruiu o país e o deixou numa guerra fraticida?
    Sabemos quem...
    Abraços

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  5. Anônimo7:13 PM

    É verdade meu caro. Fui no wikipedia e digitei genocídios recentes e não consta hirosh/nagask.
    Também tentei pesquisar sobre campos de concentração americanos para japoneses e tem pouquíssima informação.
    Eles ainda acham que quem inventou o avião foi um americano tendo meia d´[uzia de caipiras como testemunh...kkkkkk

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