A economia de receitas realizada pelo país para o pagamento de juros da dívida (o chamado superávit primário) foi de R$ 13,182 bilhões em agosto, de acordo com o Banco Central (BC). O valor é 29,4% maior que o registrado no mesmo mês do ano passado (R$ 10,186 bilhões) e mais do que o dobro do apurado em julho deste ano (R$ 5,615 bilhões).
Esse resultado tem um lado ruim. O governo consegue o superávit aumentando impostos e deixando de gastar, por exemplo, em investimentos em obras e serviços.
Esses dados divulgados agora levam em conta a economia total feita pelo país, o chamado setor público consolidado, que inclui União, Estados, municípios e estatais.
Existem outros números, que foram anunciadas na véspera. É o superávit primário do governo federal (que inclui o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central). Os números divulgados hoje são mais amplos e incluem esses de ontem.
O superávit primário do setor público consolidado é o quanto de receita a União, os Estados, os municípios e as empresas estatais conseguem economizar, sem considerar os gastos com os juros da dívida.
A economia é feita quando se arrecada mais do que se gasta. É essa sobra que o país usa para pagar os juros da dívida. A meta de superávit é de 4,25% do PIB, o que significa que o país (União, Estados e municípios) deve economizar o equivalente a cerca de US$ 32 bilhões para destiná-los ao pagamento da dívida pública (cada ponto do PIB equivale este ano a cerca de US$ 9,5 bilhões a câmbio atual).
(Com informações do Valor Online)
Será esta a opção correta? A contrapartida é o sacrifício imposto à população nos serviços essenciais, a carga tributária próxima dos 40% do PIB, o desestímulo a produção, o incentivar a informalidade e a especulação.
Vale realmente a pena direcionar tamanha verba para o pagamento dos juros da dívida?
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