23 dezembro 2007

Retrospectiva 2007: Ciência e Saúde

É difícil achar quem não diga que 2007 foi o ano do aquecimento global. Não que grandes descobertas tenham sido feitas sobre esse tema no ano que passou. Muito pelo contrário, aliás, tudo que se ouviu sobre o assunto já era sabido havia anos pelos especialistas. Mas, desta feita, uma coisa realmente mudou: as pessoas começaram a prestar atenção e levar isso a sério. Desde o momento em que o presidente americano George W. Bush declarou guerra ao Protocolo de Kyoto, em 2001, nunca a tal "mudança climática" ficou tanto em evidência.
O sucesso de "marketing" da comunidade científica começou em 2 de fevereiro, quando o IPCC (Painel Intergovernamental para Mudança Climática, da ONU) apresentou a primeira parte de seu mais recente - e aterrador - relatório sobre as conseqüências do aquecimento global. A coroação do sucesso dos cientistas ao comunicar suas descobertas ocorreu em 12 de outubro, com a escolha do IPCC e do político americano Al Gore para o Prêmio Nobel da Paz de 2007. Apesar disso tudo, no plano da política, nada mudou. A conferência da ONU realizada em Bali, na Indonésia, em dezembro, sofreu sabotagem da delegação americana e fez muito pouco para atingir um consenso internacional no acordo que será o sucessor de Kyoto no combate à mudança climática.

Principais destaques de 2007:


O PRIMEIRO MUNDO HABITÁVEL FORA DO SISTEMA SOLAR

Era mais uma estrela comum, como tantas que existem em nossa Via Láctea. Mas ao redor dela havia o maior tesouro já encontrado pelos astrônomos: um planeta tão parecido com a Terra que poderia até mesmo abrigar vida. Essa conclusão espetacular foi à que chegou o grupo liderado pelo astrônomo Michel Mayor, do Observatório de Genebra, em anúncio feito em 24 de abril. E eles esperam que muitos mundos tão interessantes quanto esse sejam descobertos nos próximos anos.


24/04/2007 Grupo acha planeta extra-solar habitável
25/04/2007 "Acharemos gêmeo da Terra", diz astrônomo


MACACOS CLONADOS: A UM PASSO DA CLONAGEM HUMANA

Uma equipe americana conseguiu, ao extrair células de um macaco reso adulto, produzir com elas um embrião com o mesmo código genético do doador celular - um clone. Nunca antes um animal tão próximo do ser humano havia sido clonado. Mas os cientistas tranquilizam a todos: o embrião foi usado apenas para obter células-tronco embrionárias; não foi implantado num útero, onde poderia dar origem ao primeiro experimento bem-sucedido de clonagem reprodutiva de primatas.


Saiba mais:

14/11/2007 Cientistas fazem clone de macaco pela primeira vez


CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS, SEM EMBRIÕES

A maior controvérsia científica hoje é a que envolve o uso de células-tronco embrionárias em pesquisa. Isso porque é preciso destruir embriões para obtê-las. Mas dois grupos de cientistas, nos EUA e no Japão, parecem ter descoberto um meio de fazer o bolo e comê-lo também: conseguiram "reprogramar" células da pele de adultos para se comportar como embrionárias. Se for realmente tão bom quanto parece, o avanço poderá acabar de vez com o uso de embriões em pesquisa.


Saiba mais:

Nenhum comentário:

Postar um comentário